sábado, 29 de outubro de 2005

Tenho um coração dividido entre a esperança e a razão. Tenho um coração... bem melhor que não tivera...

Eu sinceramente não sei por onde começar... Só sei que preciso muito escrever agora. Perdoe-me, desde já, se as coisas à frente não terão nexo... Mas é exatamente assim que me sinto.

"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim, eu sei, não é assim, mas deixa... Eu só aceito a condição de ter você só pra mim, eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir..."

É essa a música que está tocando enquanto estou aqui sentada, tentando vomitar tudo por essas palavras. Eu não achava que pudesse ser uma dura batalha entre sentimentos... Não achava que isso fosse demandar tanta força e tanta compreensão. E eu já não consigo saber de mais nada. Se existe alguém mais confuso na face deste planeta, eu gostaria de saber quem é, e principalmente se esse alguém está conseguindo vencer a situação em que se encontra. Gostaria de saber mesmo, pra eu poder apertar sua mão e dizer: "Você é sensacional." Porque eu não sei mesmo que rumo tomar no meio disso tudo. EU ESTOU COMPLETAMENTE PERDIDA. Não existe um caminho claro o suficiente para que minha miopia possa servir pra algo e me ajudar. Eu queria mesmo encher esse post de alegria, que por sinal está sempre comigo, mas eu não consigo agora. Porque parece que toda a dúvida do mundo paira na minha cabeça nesse instante. Eu não sei lidar com isso mesmo. E assumo. Eu queria intupir isso aqui de poemas do Neruda e do Benedetti... os grandes poemas, repletos de paixão e amor... Como eu gostaria. Mas eu não posso. Porque não seria a realidade. Tentei então encontrar algumas palavras [não minhas, mas minhas... entende isso!? Ou é confuso pra vc? Sim, é assim que estou me sentindo...] que ao menos calassem dentro de mim tudo o que insiste em querer sair... Portanto, aqui vai meu mestre, sempre presente em todas as horas... E vai também Renato Russo, numa música em italiano, que aconselharia que tu ouvisses. Espero que aprecie. E que possa entender um pouco do que está acontecendo aqui dentro...

Poema de Amor Nº 7 - Pablo Neruda

Debruçado na tarde lanço a mais triste rede aos teus olhos oceânicos.
Nela se estende e arde na mais alta fogueira
Minha solidão que gira os braços como um náufrago.
Faço rubros sinais a teus olhos ausentes
Que ondulam, como à beira de um farol, o oceano.
Guardas apenas trevas, fêmea longínqua e minha.
De teu olhar emerge às vezes o litoral do espanto.
Debruçado na tarde lanço a mais triste rede
A esse mar que sacode os teus olhos oceânicos.
Os pássaros noturnos bicam as primeiras estrelas
Que cintilam como minha alma quando te amo.
A noite galopa em sua égua sombria
Esparramando azuis espigas pelo campo.



Carta [Lettera] - Renato Russo

Queria dizer-te aquilo que não conseguia dizer nunca
Tenho mantido fechado em mim a muito tempo já
Mas tem um amor que não sei mais esconder porque agora
Ele precisa também de você.
Queria dizer-te que é sempre você a minha alegria
Que quando falas junto a ela
Nasce um louco ciúme
Por tudo aquilo que me dás
Também quando não sabes
Isto eu queria dizer a você.
Quando você não está
Eu me perco sempre um pouco
E depois compreendo que não sei
Mais me divertir sem você
Ao contrário quando estás comigo
A cor cinza ao nosso redor
Se pinta de vida que dás
Como é difícil dizer tudo isso a você
Que de amor nunca falas
Nunca falas comigo...
Talvez porque tens medo como eu
De uma respota que ainda você
não sabes qual é...
Queria dizer-te o que não consigo dizer nunca
Tenho mantido fechado dentro de mim
Mas tem um amor que não sabes
Mais se esconder porque agora
Ele precisa também de você...


Bem, acho que é isso, querido leitor... Eu sinceramente não tenho mais nenhuma palavra... Até....

3 comentários:

Cláudia Campelo disse...

Como diria Fernando: "...Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, trago em mim todos os sonhos do mundo..."
O que ser, se não sonho? O que sentir, se não paixão, envolta no sonho que o queremos em dois? Apenas por isso, como se pouco, já valeria o sentir. Sim, é dor. Mas de que não dores faz-se o tudo onde estamos e o que somos?
Como lembrança, se necessário, e por necessário, Epicuro:
Aceitar todo prazer que não produza dor;
Evitar toda dor que não produza prazer;
Evitar o prazer que impeça um prazer ainda maior, ou que produza uma dor maior do que este prazer;
Suportar a dor que afaste uma dor ainda maior ou assegure um prazer maior ainda.
Pense e faça. Faça e pense.
Beijo.

Anônimo disse...

é uma merda mesmo, né? eu tb tenho dúvidas, mas elas são menores q todo o resto q eu sinto... inclusive a angústia q eu tô agora... mas de uma coisa vc não pode duvidar: de você! você tem q ser maior q tudo se quiser chegar lá... eu sei q é difícil, q as forças parecem se acabar, mas só vai fazer a conquista ser mais festejada... e quando esse momento chegar vc vai pensar q tudo foi pouco, q faria de novo se fosse preciso... q valeu a pena!
beijões!!!

Anônimo disse...

Oi...entendo bem Carol!!!!
Tb to perdidona...Nessas horas amiga: relaxa e deixa o barco correr...
Tudo há de sair do melhor jeito!!!Mil beijos!!!
Adoro vc!!!