segunda-feira, 31 de maio de 2010

[...]


Apenas para limpar a poeira... um Neruda.


"Por ti junto aos jardins recém-enflorados me doem os perfumes de primavera.
Esqueci teu rosto, não recordo de tuas mãos, de como beijavam teus lábios?
Por ti amo as brancas estátuas adormecidas nos parques, as brancas estátuas que não têm voz nem olhar.
Esqueci tua voz, tua voz alegre, esqueci de teus olhos.
Como uma flor a seu perfume, estou atado à tua lembrança imprecisa.
Estou perto da dor como uma ferida, se me tocas me maltratarás irremediavelmente.
Tuas carícias me envolvem como as trepadeiras aos muros sombrios.
Esqueci teu amor e não obstante te adivinho atrás de todas as janelas.
Por ti me doem os pesados perfumes do estio: por ti volto a espreitar os signos que precipitam os desejos, as estrelas em fuga, os objetos que caem."


Um Amor - Pablo Neruda [ Do livro "Para Nascer Nasci"]




Até algum dia novamente.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Uma breve nota sobre o sono.



Quanto mais eu durmo, mais eu sinto sono. Quanto mais insisto, mais meus olhos insistem em fechar.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Uma breve nota sobre um Gigante.


O sentimento não para pois todo vascaíno tem amor infinito.



De todos os amores que eu tive, és o mais antigo, o Vasco é minha vida, minha história, meu primeiro amigo. Quem não te conhece me pergunta porque te segui. Eu levo a Cruz de Malta no meu peito desde que eu nasci. E eu não paro, não paro não, a Cruz de Malta, meu coração. Vasco da Gama, minha paixão. Vasco da Gama, religião.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Uma breve nota sobre as pessoas.


Infelizmente, as pessoas mudam e esquecem de nos avisar que não se importam mais. Estranho. [...] Eu também não me importo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uma breve nota sobre a indignação.


O dia das crianças foi realmente feito só para elas, pois trabalhar nesse dia só pode ser coisa de adulto mesmo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Uma breve nota sobre a morte.


Bem, novamente, outra notícia ruim na TV a respeito da morte de alguém "conhecido": o ator Patrick Swayze. Lá se foi ele, Michael Jackson, minha avó, meu avô, uma paciente no trabalho na minha frente... Essas coisas me assustam um pouco. Não muito no trabalho, pois infelizmente, como profissional, isso se torna normal, não no sentido da indiferença, mas no sentido da ordem das coisas. Mas na vida pessoal... tenho sempre medo.

Ela é implacável. E cada dia me aparece com mais força pra me mostrar que está sempre por perto. Mas é engraçado: ela só me mostra que está sempre perto porque mais perto ainda está a vida.

Quando ela chega? Bem, nenhum de nós sabe. E na maioria das vezes, não estamos preparados para tal, apesar de sabermos que isso vai acontecer.

Às vezes fico pensando em quanto o tempo está passando tão rápido, no quanto perdemos tempo com coisas que não deveriam ter tanta importância assim e conforme os segundos vão se passando, esse momento se aproxima.

Quando ao "outro lado", fico devendo.

Só quero mesmo é ter saúde, estar ao lado das pessoas que amo mesmo, viver cada dia, sugando ao máximo o tempo que eu ainda tenho para tal.

E dizer à ela que ainda estou viva demais pra isso.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Vai saudade, diz pra ela.






Faz bastante tempo que não escrevo. Me senti na obrigação de aliviar meu próprio coração e se assim for, de outras pessoas que aqui puderem ler esse registro.


Perdi minha avó. Assim, diretamente. Pois a morte é direta mesmo, não vem nos mandar recados. Ela é fria na sua peculiar medida e você é que precisa se acostumar com ela. Rápida ou demoradamente, naquele momento ou durante todo o percurso da [sua] vida, você é quem precisa se acostumar com ela.


Enfim, não vim falar de morte. Vim falar da saudade da minha avó e do que acredito no meio de tudo isso.


Que saudade, vó! Que saudade. Mas toda vez que penso em você, só consigo mesmo sorrir. Foram poucos os momentos nos quais chorei. Porque em todas as vezes que fui te olhar durante esse último curto tempo, eu só consegui sorrir. É claro que agora minha garganta está com um nó [!], mas ainda só consigo lembrar de ti, sorrindo. Sentirei falta simplesmente da sua presença. Da sua postura na frente da TV. Daquele licor de jabuticaba em Minas. Dos abraços mal-dados. De tudo que lembra você. Mas eu sei, o que com certeza é meu único conforto, que somente sua energia material é que não está aqui. Na realidade, sua vida é eterna. Só precisamos parar de sermos egoístas e entendermos que você está muito bem. Não mais no nosso convívio [visual, pelo menos], mas dentro do coração e perto de tudo que há de melhor. Tenho certeza que está bem. Eu acredito e confio. E sei que estará na minha formatura! Como combinamos.


Até breve. Foi um grande prazer e uma grande honra. Obrigada por tudo. Saudades.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sem sacrifício não há vitória.


E o sonho se aproxima da realidade.

Agora falta pouco.

Reta final.



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Adeus.

Desisto da poesia.

Desisto das frases bem formuladas, bem encaixadas,

Não quero mais recorrer a elas para que gritem por mim.

Não terei saudade da novidade das palavras,

Não criarei expectativas sobre quando (me) surgirão.

Quero que me esqueçam!

Que não venham me visitar, que me abandonem,

Como esposa traída.

Adeus, poesia.


A melhor maneira de deixá-la é escrevendo-a.


Ana Carolina Biavati.