segunda-feira, 30 de março de 2009

Vai saudade, diz pra ela.






Faz bastante tempo que não escrevo. Me senti na obrigação de aliviar meu próprio coração e se assim for, de outras pessoas que aqui puderem ler esse registro.


Perdi minha avó. Assim, diretamente. Pois a morte é direta mesmo, não vem nos mandar recados. Ela é fria na sua peculiar medida e você é que precisa se acostumar com ela. Rápida ou demoradamente, naquele momento ou durante todo o percurso da [sua] vida, você é quem precisa se acostumar com ela.


Enfim, não vim falar de morte. Vim falar da saudade da minha avó e do que acredito no meio de tudo isso.


Que saudade, vó! Que saudade. Mas toda vez que penso em você, só consigo mesmo sorrir. Foram poucos os momentos nos quais chorei. Porque em todas as vezes que fui te olhar durante esse último curto tempo, eu só consegui sorrir. É claro que agora minha garganta está com um nó [!], mas ainda só consigo lembrar de ti, sorrindo. Sentirei falta simplesmente da sua presença. Da sua postura na frente da TV. Daquele licor de jabuticaba em Minas. Dos abraços mal-dados. De tudo que lembra você. Mas eu sei, o que com certeza é meu único conforto, que somente sua energia material é que não está aqui. Na realidade, sua vida é eterna. Só precisamos parar de sermos egoístas e entendermos que você está muito bem. Não mais no nosso convívio [visual, pelo menos], mas dentro do coração e perto de tudo que há de melhor. Tenho certeza que está bem. Eu acredito e confio. E sei que estará na minha formatura! Como combinamos.


Até breve. Foi um grande prazer e uma grande honra. Obrigada por tudo. Saudades.