quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Deixa assim como está sereno...

Eu não sei por onde começar exatamente. Ao mesmo tempo que sei, as palavras não têm uma ordem de coerência. Enfim, mais uma vez estou aqui no meu espaço terapêutico. Bom, minha vida é algo sem definição agora. Porque eu não tenho tempo pra nada. E não sei nem como estou aqui tendo um milhão de coisas pra fazer. E por gostar de alguém da maneira que estou gostando. Nunca eu senti nada desse jeito. Nunca. E quantos relacionamentos, mesmo que não oficiais, eu tive... Quantos! Quantos eu sempre quis me envolver, saber da pessoa e coisa e tal... mas esse... meu Deus, eu chego a me assustar. Como é maravilhoso gostar de alguém dessa maneira. É estranho, de fato. Muito estranho. O coração acelera, e logicamente isso não é a primeira vez que acontece, mas acelera de uma forma diferente. Não sei nem se você pode acreditar nisso, mas eu lhe garanto que a sensação dessa vez é diferente de todas as outras. Assim como a calma que anda junto comigo. Mesmo apesar de todo o desespero decorrente da faculdade e de outras coisas, eu estou tranquila demais. Tudo é tranquilo. Eu consigo entender todo esse mecanismo. Bom, preciso dizer também que não estou com essa pessoa. Infelizmente. Porque o tempo não permite. Mas eu sei que esse mesmo tempo vai transformar todas as coisas em presença e amor. Eu sinto isso. Não me pergunte como. Porque eu não faço a menor idéia. Eu apenas sinto. E isso é como um bálsamo. Um bálsamo que me faz parar nesse momento da minha vida que eu não paro um só minuto. E, pra finalizar, vou tirar um fragmento do livro que estou lendo pela segunda vez, "Na Margem Do Rio Piedra Eu Sentei E Chorei", do Paulo Coelho. Ele fala de amor. Porque eu desaprendi. Porque eu acho que essa é a hora. Porque eu sinto.

"No amor, não existem regras. Podemos tentar seguir manuais, controlar o coração, ter uma estratégia de comportamente, mas tudo isso é bobagem. O coração decide, e o que ele decidir é o que vale. Todos nós já experimentamos isso na vida. Todos nós, em algum momento, já dissemos entre lágrimas: "estou sofrendo por um amor que não vale a pena." Sofremos pq achamos que damos mais do que recebemos. Sofremos pq nosso amor não é reconhecido. Sofremos pq não conseguimos impor nossa regras. Sofremos à toa: pq no amor está a semente de nosso crescimento. Quanto mais amamos, mais próximos estamos da experiência espiritual. Quem ama, vence o mundo, não tem medo de perder nada. O verdadeiro amor é um ato de entrega total."

E aqui estou eu. Mais uma vez. E quantas forem necessárias. E aqui estou eu. Entrego o que tenho aqui. De verdade. Porque nunca eu quis fazer isso dessa forma. E hoje eu vejo que essa entrega seria inevitável. Mesmo que ainda demore um tempo. Eu posso esperar. "Avisa que é de se entregar o viver..."

sábado, 24 de setembro de 2005

Y si beso la osadía y el misterio de tus labios, no habrá dudas ni resabios... te querré más todavía.


"Abre a janela agora, deixa que o sol te veja, é só lembrar que o amor é tão maior que estamos sós no céu, abre as cortinas pra mim que eu não me escondo de ninguém, o amor já desvendou nosso lugar e agora está de bem. Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga, já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar. Diz quem é maior que o amor, me abraça forte agora que é chegada a nossa hora, vem, vamos além, vão dizer que a vida é passageira sem notar que a nossa estrela vai cair."

Conversa de Botas Batidas - Los Hermanos.


"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim. Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir."

Sentimental - Los Hermanos.


"O vento vai dizer lento o que virá..."

O Vento - Los Hermanos.


"Deixa o amanhã e a gente sorri que o coração já quer descançar... Clareia minha vida, amor, no olhar."

Pois É - Los Hermanos.




E ao senhor de iludir, manda avisar que essa daqui tem muito mais amor pra dar. Essa frase também é de uma música dos Los Hermanos [ É De Lágrima ] e juro que tentei colocar junto com as outras. Mas, ainda estou aprendendo a postar aqui no blogspot. Desculpe pelo erro técnico.

[OUVINDO: SENTIMENTAL, LOS HERMANOS]

Hoje foi o casamento da Patty e do Kadu, o qual eu fui madrinha. É aquilo, né: as sentimentalidades subiram à minha cabeça. [risos] E a necessidade de estar aqui foi maior do que eu. Então, lá vamos nós, em mais um capítulo dessa novela chamada vida. [Nossa... filosófico.] Ainda estou meio sem rumo. Mas preferi adotar a política de não-entendimento. Mesmo. E acho até que essa é a melhor coisa a se fazer. Apesar de ser uma das mais difíceis, entre tantas coisas difíceis que estão acontecendo. Juro que pensei em desistir. Mesmo. Deixar isso pra lá, voltar ao meu velho pensamento de que isso não existe. Falei que não teria força pra suportar a situação. Conversando com meus amigos [sempre eles!!], percebi que eu devo lutar. Com todas as forças que eu tenho. [Além do mais, eu sou brasileira. E brasileiros não desistem nunca, não é?] Porque eu sei que vale a pena. Porque eu sei que é a pessoa mais especial... Porque é a jóia-rara. [Tudo bem, a gente sempre acha isso - vc deve estar pensando - mas apesar de tudo que eu já passei e das pessoas que já passaram, sabe quando vc sente isso lá no fundo? QUANDO TODAS AS COISAS SÃO CLARAS? Quando vc vê que a força que vai te empurrar se chama amor? Bom, acho que quando se sente isso, não há mais o que discutir.] No meio do casamento, o padre usou essa expressão: jóia-rara. E me serviu. E me batei aquela vontade enorme de falar tudo. De dizer o que sinto. Mas não vou fazê-lo. Puro medo, eu sei. E muita cautela. Acho que ainda não é a hora. Mas ela vai chegar. E eu saberei. Disso eu tenho certeza. Então, como a frase aí no início do texto, essa daqui tem muito mais amor pra dar. E é daí que sairá minha força. Eu vou conseguir. E estou aqui pra dizer isso, pra dizer que eu achei minha luz. Pra dizer que mesmo algumas vezes ficando triste com isso, mesmo assim, eu tenho uma lembrança que torna as coisas sempre lindas. [já falei isso...] Mesmo essa lembrança sendo muito difícil. Não importa. Eu vou conseguir. Eu tenho paciência. Eu tenho AMOR. E isso já me garante tudo.

Quanto às frases, as coloquei aqui porque elas estão me acompanhando nessa fase... Engraçado, queria mesmo uma trilha sonora diferente dessa vez... [pq todo relacionamento tem sua trilha sonora... e já estava ficando repetitivo!!]. E aqui estou eu, buscando explicações nas letras desses caras. E conseguindo achá-las. [Risos.]

Até a próxima, querido leitor, e torce por mim... Eu irei precisar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

O Fundo do Coração

Pois é. Tantas coisas pra colocar pra fora. Só aqui mesmo isso é possível. Segue.

Pra começar, hoje me peguei estudando letras dos Los Hermanos. [Como assim!?] É isso mesmo. E eis que me deparo com uma frase simplesmente sensacional: "Via em tudo céu. Fiz de tudo cais." Caraca. E é isso mesmo!!! Tudo é céu! Tudo é azul clarinho... Tão doce, tão calmo, tão sereno. Tudo é cais. Todos os lugares em que estou me trazem segurança [mesmo estando no RJ!!], por mais incerta que possa ser uma situação dessas. Engraçado até. Paradoxal de fato. Mas é isso mesmo. E aqui estou eu, mais uma vez, divagando, falando, escrevendo e pensando sobre isso... Como se fosse um assunto fácil de falar, como se os pensamentos não fugissem da minha mente... E mesmo assim, tudo é tão bonito. Pode falar. EU ESTOU BABACA. Tudo bem, eu admito. Mas não há nada tão maravilhoso quanto. =]

Quanto à real situação, as coisas progrediram. E é ótimo poder falar e saber disso. E a entrega se torna cada vez mais próxima. Confesso que ainda acho que determinadas coisas precisam acontecer, porque sempre desejamos saber o máximo possível, mas tudo está tão claro... Pelo menos pra mim. Tudo é muito claro. [Vamos à música!]. "E o que mais acontecer, nem mistério, nem destino, é somente amor, ser feliz é estar contigo. Eu não aprendi nos livros nem nos filmes de paixão, o que eu faço por você. Ser feliz é estar contigo mesmo que essa sensação não se deixe perceber." [O Que Eu Não Disse - Paralamas] Humpf. O único problema é que isso é sutil, silencioso. Está ali, presente a todo momento, mas calado. Torturante. Citando Djavan, "O que há dentro do meu coração, eu tenho guardado pra te dar... Um amor puro que ainda nem sabe a força que tem é teu e de mais ninguém. [Te adoro em tudo, tudo, tudo, quero mais que tudo, tudo, tudo te amar sem limites, viver uma grande história... Aqui ou noutro lugar que pode ser feio ou bonito, se nós estivermos juntos, haverá um céu azul...]" Vim pensando nessa música hoje de manhã, indo pra faculdade. Um puta engarrafamento na Linha Amarela [pra variar...]. E lá estava eu, babaca, idiota, retardada [ou se preferir, apaixonada], olhando o asfalto molhado de chuva e achando tudo muito lindo. Ai. E aqui continuo eu, da mesma maneira, esperando o telefone tocar [sim, ele vai tocar.], morrendo de sono, tendo 2 monografias pra fazer, tendo que estudar pra muitas provas, tendo que dormir [!!!], tendo que ligar pra minha amiga pq é niver dela hj [beijo, Dani!!!], tendo que sei lá mais o quê, e aqui ainda continuo, fazendo a única coisa que me deixa tão feliz: ai...

Citando Neruda tbm, pois necessariamente ele é sempre citado na minha vida, "how did your lips feel on mine?". Esse é um dos meus problemas. Lábios. Como podem mesmo fazer o estrago que fazem? Puta que pariu. Eu tô apaixonada. É isso. Preciso me convencer efetivamente. [Tá, pode pensar: 'ela ainda não se convenceu?'. Na verdade, eu demoro a admitir. Sempre procuro uma maneira que não seja essa.] Eu tô apaixonada, aqueles lábios me tentam sim, me causam tremores, me deixam com saudade, me tiram da normalidade. Aqueles lábios. Aqueles olhos. Aquele tudo.

Sigo. Odiei esse texto, mas, pode ter absoluta certeza de que se tratou de uma terapia escrevê-lo. Achei que ficou desconexo, louco, nada a ver com nada. Mas, aí está a cópia real dos meus atuais pensamentos. É assim que me sinto. Sem ordem. Sem rota. Sem direção. Porque tudo é lindo demais pra eu querer ser tão certinha dessa vez. Dane-se a ordem. Eu quero mesmo é que tudo seja assim. Porque é amor. E ele invade. E fim. Partiu. =]

sábado, 17 de setembro de 2005

Saber amar é saber deixar alguém te amar

Bom, como pode perceber, fiel leitor, aqui estou eu novamente. E em menos de 1 semana dessa vez, tamanha é a necessidade de escrever. Parece que é a única coisa que alivia... E de fato, é. Antes do meu pensamento sobre o dia de hoje, vai uma letra dos Paralamas, entre tantas que eu adoro... O título é deles também e justificado pelo fato da entrega total... irrestrita, recomendada e inevitável... Como dizem os Los Hermanos [eles por aqui tbm... não me basta apenas o fotolog...]: "Avisa que é de se entregar o viver." De fato. Não sei estar com alguém sem se entregar. Sem se mostrar. Como diz um provérbio budista que admiro muito: "Nos revelar é o melhor que podemos dar ao outro." Com absoluta certeza. Então, contra a bobeira de ficar se preservando por medo do desconhecido ou da dor, aqui protesto eu pela liberdade de apaixonar-se. Pela liberdade do "sentir". Porque não há melhor sensação do que essa, não há melhor dia quando se está apaixonado, não há melhor pessoa quanto vc nessa situação. E viva a entrega. [E vamos à música!]

Hum! Até num dia calmo como hoje

Pode haver surpresa

Eu ouço os pingos na janela

Quem me dera não ter nada pra fazer

As plantas tão verdes

Nesse dia tão cinza

Passa um carro amarelo

Colorindo as poças

E me deixa tão só

Tá tudo tão calmo

Continua chovendo

Enquanto eu respiro

Eu vejo o mundo sumindo

Por trás da janela embaçada

Aonde batem os pingos.

Impressão - Paralamas

Aqui está a letra. Do que eu senti hoje. Foi exatamente isso. Dia chuvoso... Saudade. Saudade da tua boca. Saudade louca e desenfreada. De tudo. Se eu fosse enumerar as coisas aqui, me sentiria mais triste. Porque estar longe me faz menor. Me faz pior. E hoje, não sei porque, passei o dia chorando. Não sei mesmo o porquê. Eu não amo ninguém, não tenho ninguém... Não há motivo! Mas passei o dia chorando. Quando eu parava, as lágrimas chegavam. Ontem, assisti [pela 749ª vez] ao filme "Simplesmente Amor". Com meus amigos. Foi maravilhoso, sabe? Mas há uma cena no filme, [pra quem viu, aquela da "Here With Me" da Dido] que me move e me toca demais. E ontem ela me deu muita força. Hoje, pela manhã, ouvi a música. E me veio, crescente, aquela angústia no peito. E por mais que isso possa parecer ruim, não é. Porque essa angústia que tanto aperta o coração é a força-motriz do sentimento. É o que nos move para o próximo passo. É o que nos faz sentir vivos. E hoje, mesmo chorando o dia todo, eu me senti assim. Porque eu tenho alguém para pensar. Alguém que ocupe o espaço das minhas horas [Mesmo elas sendo cheias de coisas pra resolver...], alguém que me mostre que tudo isso vale a pena. E como diz Djavan: "Quem não tem pra quem se dar, o dia é igual à noite." Que sempre, tudo seja dia.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Sei tu che cerco nella gente... Due occhi che ti guardano e poi via.

Eu sei, Ju... eu sei que o título do post passado é sensacional... por isso que ele está aqui!!! Risos. Pretensão. Pretensão minha. Peculiar. Portanto, já vou traduzindo [explicando não] o título desse... "É você que procuro nessa gente... Dois olhos que te vêem e se vão." É da música "Due" do Renato Russo, do CD Equilibrio Distante. Tenho loucura por esse CD. Primeiro, pq é em italiano. E segundo, pq é todo lindo mesmo. Risos. E já que a Ju adorou, aqui vai o poema na íntegra. E muito me serve...

TÁTICA E ESTRATÉGIA

Minha tática é olhar-te,
Aprender como és,
Querer-te como és.
Minha tática é falar-te
E escutar-te,
Construir com palavras
Uma ponte indestrutível.
Minha tática é ficar em sua recordação,
Não sei como nem sei com que pretexto,
Mas ficar em ti.
Minha tática é ser franco
E saber que és franca
E que não nos vendamos simulacros
Para que entre os dois não haja telão nem abismos.
Minha estratégia é mais profunda e mais simples.
Minha estratégia é que um dia qualquer,
Não sei como nem sei com que pretexto
Por fim me necessites."

( Mário Benedetti – Tradução: José Geraldo de Barros Martins )


Pronto, Ju. Resolvido? Risos. Adoro esse poema também. Ele me traz coisas boas. E é exatamente isso. [Na verdade, havia pensado em falar sobre outro assunto, mas olhando o poema... fica pra próxima o outro assunto...] Comecei a semana usando uma outra estratégia de combate: montar a trincheira e esperar o avanço do exército "inimigo". Parando de doentice e falando direito, o que eu quero dizer é que estou na minha. Curtindo bastante. [Ainda me pergunto pq dizer isso abertamente...] Utilizar as coisas que vão surgindo no caminho pra fazer a situação evoluir. E está sendo bom. Uma vez eu aprendi que se nós corremos, perdemos as coisas bonitas do caminho. Então, "ando devagar pq já tive pressa, levo esse sorriso pq já chorei demais". Devagar e sempre. Como diria ele [é, ele sim. Meu ele]. Não faço a menor idéia do que planejar, do que falar pra fazer tudo crescer. Mas, como diz o poema e ele não me sai da cabeça, "Minha estratégia é que um dia qualquer, não sei como nem com que pretexto, por fim me necessites" E isso há de acontecer. Pq eu tenho fé.

Falando agora um pouquinho da música do Renato que deu origem ao título desse post, e até uma frase dela está no meu celular [Siamo in due], bom, gostaria muito que vc ouvisse, amigo leitor, pq vale a pena. De verdade. Nos rostos que eu vejo na rua, eu vejo muitas vezes o dele. Engraçado, até. Vejo o cabelo, vejo tudo. Sei lá pq. E quanto aos meus olhos... Olhos que observam os detalhes... Olhos que vêem e depois se vão. Meus olhos que te vêem e depois te vêem em todos os lugares, em todos os rostos... Em todos os sonhos à noite. Olhos que se abrem dando um sorriso [sim, isso é possível] pq eles sabem que todo o dia é justificado pela sua imagem. Olhos que verão, por fim, vc necessitar de mim.

PS.: Querido e paciente leitor, perdoe-me pelo texto meio sem conteúdo... mas essa é a forma que encontrei de gritar em silêncio tudo o que eu ainda não posso falar. E creio ser esse o lugar mais apropriado.

Até a próxima. =]

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Minha estratégia é que um dia qualquer, não sei como nem com que pretexto, por fim me necessites.

Antes de mais nada, agradeço de coração à Ludmila... que apareceu no comentário do último post... Obrigada! Fico realmente muito feliz e grata por gostar do meu cantinho. Sinta-se em casa e à vontade.

Bom, o título me remete aos poemas do Mario Benedetti. Certa vez me deparei com eles. Lindos todos. Na verdade, acho bem que os poetas latinos são os melhores... Risos. Sou suspeita. O meu grande amor é chileno... Mas, ultimamente, lendo os poemas do Mario, mais uma vez, como sempre acontece na minha vida, as coisas começam a se encaixar. [Recomendo que vc leia, amigo leitor, os seguintes poemas dele: Viceversa e Te Quiero] É muito bom esse momento onde a poesia retorna à minha vida dessa forma. Claro, ela nunca saiu, até porque sem ela, eu não sou nada. Mas, as interpretações mudam de acordo com a nossa trajetória... E algumas vezes, gostariamos de estar sentindo algo que não estamos sentindo. De fato, há pouco tempo, eu não me sentia encaixada nas palavras... Estranho. Por isso, a ausência de poemas meus nesse tempo. Mas agora... ah, agora... tudo é muito mágico. Muito brilhante. Engraçado como uma pessoa tem o poder de transformar a cor das coisas... Do dia. Claro, pode tirar isso tbm. Pode estragar isso tbm. Mas não é o meu caso. Eu me sinto feliz pq eu posso sentir o vento novamente. De maneira apaixonada. Posso me sentir gente. Ser humano. Exercitar isso em mim. Posso estar perto. E isso é sensacional. Então, quero colocar uma música do Vander Lee, chamada Outra Manhã. E ela traduz tudo o que sinto.

Enquanto juntava os restos, catava os cacos como um flagelo, vc chegou. Enquanto trancava as portas do casarão, meu coração, vc entrou. Enquanto me atormentava pensando em guerras, por outras terras vc me levou. Enquanto morria a tarde, vc surgia, estrela guia, me iluminou. Quando te quis foi tão claro que nem percebi, fiquei ali e ainda estou. Tudo era seca e queimada por dentro de mim, como jasmim por sobre a mágoa vc brotou. Anjo de luz, filho de Iansã, rompe essa treva, me leva pra outra manhã.

E o que eu quero dizer sobre isso tudo é que eu aprendi mais uma coisa: por mais que tentemos nos esquivar, nos esconder... O amor está sempre ali. De uma forma ou de outra. Mesmo que tentemos nos tornar frios, por medo de se machucar novamente, ou por sei lá que motivo mais, ele sempre aparece. E nos mostra que somos pequenos diante dele. Pois tudo é amor. Mesmo que isso só tenha 2 semanas.

Beijos ao Rafa, à Ludmila, ao Giovani que sempre está comigo nessas horas, mesmo boas ou ruins, e por me mostrar tantas coisas que sempre me tornam uma pessoa melhor. E a ele. Razão das minhas palavras novas. Razão do meu sorriso. Me sinto ser humano. Obrigada.