domingo, 16 de dezembro de 2007

Cada vez mais forte...

Quando se une duas pontas de uma corda, tornando-as uma só, a corda fica mais forte, inabalável. Faz- se um círculo: a forma perfeita, nem mais, nem menos. A medida ideal para todo o caminho. Infinito. INFINITO.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Seja eu.



Preciso esquecer um pouco o que faço,
Onde existo e por que sou.
Quero apenas lembrar de ti.
Quero apenas pensar em ti.
Estudar só sua anatomia, onde encaixam-se suas voltas,
Entender suas conspirações e respirações.
Quero enxergar só aquilo que é azul.
Como o céu.
Deixar pra lá todo o cansaço que trago comigo.
Trazer só as responsabilidades que temos quando se ama.
Só os livros que me recomenda quero ler.
Só as músicas que ouve quero cantar.
Só não me peça pra sambar, porque quanto a isso, sou imutável.
É teu vinho que quero beber.
É em teu corpo que quero morar.
E visto que depois de todo esse tempo,
As pessoas costumam enjoar,
Aqui permaneço, mais amante e feliz que em todas as outras horas pregressas,
Pedindo, encarecidamente, que só você seja o porto seguro desse mar escasso,
Que só você seja a poesia completa do Neruda,
Que só você seja a salvação nos tempos de cólera,
Que só você, amor meu, me-seja em tempo, espaço e conteúdo.
BIAVATI, A.C.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma... eu finjo ter paciência.


Até onde se espera paciência dos outros quando você mesmo encontra-se em estado de impaciência?



PS: Faz-se necessário ressaltar que a impaciência torna-se importante a partir do momento em que ela mesma te obriga a buscar outros caminhos mais tranquilos e outros meios mais sensatos.

"Enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência. O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência. Será que é o tempo que me falta pra perceber? Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara! Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma, eu sei, a vida não pára, a vida não pára não." Paciência - Lenine



segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Dici che il fiume trova la via al mare.


"Dici che il fiume trova la via al mare
E come il fiume giungerai a me
Oltre i confini e le terre assetate
Dici che come fiume come fiume
L'amore giunger
L'amore
E non so pi pregare
E nell'amore non so pi sperare
E quell'amore non so pi aspettare"
"Você diz que o rio encontra seu caminho para o mar
E assim como o rio você virá para mim
Além das fronteiras e dos desertos
Você diz que, como o rio semelhante ao rio
O amor virá
Amor
E eu não consigo mais rezar de forma alguma
E eu não consigo mais acreditar no amor de forma alguma
E eu não consigo mais esperar pelo amor de forma alguma"
Miss Sarajevo - U2 e Luciano Pavarotti
Bem, eu tenho 22 anos e jamais, em toda a minha vida, eu o verei cantar. Foi assim com o Frank, o Elvis, os Beatles e todos os meus preferidos do Jazz. Nesse ponto, eu me sinto incompleta. Me sinto faltando um pedaço. Agora falta só o U2. E eles hão de voltar ao Brasil. Porque eles salvarão uma parte da trilha musical da minha vida. Ao vivo. Salve, Luciano. Obrigada.

Cause I need you to look into mine.




"And love is not the easy thing... Walk on... Walk on... Stay safe tonight. And I know it aches and your heart it breaks but you can't only take so much... Walk on. Walk on."
Pra quando você estiver triste.
Pra quando sua cabeça e seu coração se encherem de dúvida.
Pra quando você não tem pra onde correr.
"Leave it behind. You've got to leave it behind."
"All this you can leave behind."


ASSISTA:

Snow Patrol - Open Your Eyes (Tradução)

Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não quero perder um só momento sem você
Meus ossos doem, minha pele está fria
E eu estou ficando tão cansado e tão velho
A raiva me corroi por dentro
E eu não vou sentir os pedaços e os cortes
Eu quero tanto abrir seus olhos
Por que eu preciso que você olhe nos meus
Me diga que você abriu seus olhos
Levante, vá embora, saia de perto desses mentirosos
Porque eles não pegam sua alma ou seu fogo
Pegue minha mão, entrelaçe seus dedos entre os meus
E nós sairemos deste quarto escuro pela última vez.
Cada minuto a partir deste agora
Podemos fazer o que gostamos em qualquer lugar
Eu quero tanto abrir seus olhos
Porque eu preciso que você olhe nos meus
Me diga que você abriu seus olhos
Tudo isto parece estranho e irreal
E eu não vou perder um só momento sem você.
Aproveite e pule, cante e grite como eu fiz. Passou na hora.
"Is just a moment. This time will pass."
"You've got to get yourself together."
"Siga em frente."
PS: OUÇA U2 DEPOIS.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Siga [sempre] em frente.


Hoje é um dia comum. Pela manhã, ao sair de casa, o dia claro bastou-me para que eu pensasse num dia normal, como todos os outros, onde o ônibus estaria cheio, o trânsito caótico, cansaço físico, saudade, preguiça de ir pra faculdade, essas coisas de sempre. Bem, a teoria do ônibus e do trânsito foi confirmada. Cada dia mais isso piora, impressionante; contribuindo diretamente para tornar o dia igual a qualquer outro. Todas as manhãs testo minha paciência com a falta de cuidado das pessoas, a falta de importância, o fingir que não está vendo o outro. Fora o trânsito que não anda, levar 1h20min pra chegar aonde se pretende, bolsa pesada, cansaço... normal, normal, normal.

Algumas vezes a paciência não dá conta e dá vontade de sair xingando tudo e todos. É #$*%! Isso tudo antes de começar as atividades diárias. Alguns dias temos preguiça, outros estamos mais calados, em outros queremos falar sem parar. A velha constância da vida. O velho cotidiano de sempre.

Eis que Deus, sabe-se lá de onde, te dá alguns avisos. Te coloca diante de situações que, rapidamente, tornam o dia incomum. Tive essa impressão hoje. E o estágio colabora demais com essa premissa.

Na maioria das vezes achamos tudo normal, que nossa vida é a mesma sempre, que tá tudo sempre bem, caminhando. No entanto, ao ver exemplos de superação constante, de pessoas com grandes problemas, muito maiores que os seus, brigando pela vida, fazendo com que cada dia seja "um após o outro", que cada dia seja um dia incomum, certamente que nossa estabilidade cotidiana é afetada.

Enquanto não nos preocupamos em abraçar um irmão, dizer bom-dia ao vizinho, deixar de lado uma mágoa ou tristeza, levantar a poeira, existem pessoas que se preocupam em fazerem seus dias mais coloridos, mais vivos. E é tão simples... Torna-se muitas vezes banal. É só ollhar a vida com outros olhos!

Mas como? Como nós, que achamos tudo normal, tudo comum, tudo rotineiro, podemos mudar nosso olhar?

Talvez devemos começar por acreditarmos que a vida é foda. Pq ela é mesmo! E só nos damos conta disso depois de um certo tempo. Por qual motivo, eu não sei. [Os jovens deveriam saber que não são imbatíveis.Porque não são mesmo. Ninguém é.]

Segundo, por percebermos que precisamos mudar as coisas, principalmente quando estão saturadas. E que ninguém pode fazer por nós mesmos. Ninguém.

Terceiro é o planejamento. Na vida de um enfermeiro, assim como de todos nós, o planejamento é fundamental. Sem ele, nada funciona. Então, tracemos as metas para uma vida melhor: caminhar pra mexer o esqueleto, sorrir mais, estudar mais[!!!], ouvir música, ler, dormir [!!!], abraçar mais, cantar, falar, essas coisas gratuitas, ao alcance de nossas mãos e que nos esquecemos na maioria das vezes.

Por último, finalmente, é agradecer. Agradecer por esse coração que bate o tempo todo, nos fornecendo vida, energia, para que possamos aproveitar até onde nos seja permitido. Agradecer por todas as coisas que nos acontecem, sejam elas boas ou não. Pelas pessoas ao nosso redor. Por tudo que nos é dado e que muitas vezes não damos importância. Agradecer pq nossa vida é única. E sermos humildes.

Bem, não sei porquê essas palavras me vieram à cabeça agora. Talvez seja pelo dia de sol lá fora...


"Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora."

Alberto Caeiro.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

E largava as roupas pelo Chão.




O período terminou. As férias passaram. Um novo período começou. E eu não tomei vergonha na minha cara para vir aqui, no meu próprio Chão e rabiscar alguma coisa.


Bem, estou absolutamente de bobeira esta tarde. Tenho pelo menos 4 textos e 2 livros para ler, mas isso são apenas detalhes. As coisas possuem tamanhos de acordo com o quanto nos preocupamos com elas.


Mudei o celular.

Fiz 22 anos.

O Diretório Acadêmico tomou posse.

O ENEEn [Encontro Nacional dos Estudantes de Enfermagem] contribuiu em muito para meu senso crítico [pelo menos eu tento ter um...].

O "Pra sempre" acabou.

Eu me decepcionei.

Eu te amo mais e mais e mais.

Devo me preocupar com aquilo que devo realmente me preocupar.

Preciso escrever mais.

Preciso ler mais.

Preciso dormir mais.

Preciso ficar muito perto de você, sempre.

Preciso.

Precisamos.

Todos. Todos.

Eu me sinto mais livre agora.

Velhas amizades terminam.

Você querendo ou não.

Salve as novas!

Jazz é sempre bom. SEMPRE.

Carolina é uma menina bem difícil de esquecer...

Girassóis...

Você é a minha fonte da vida.

Eu fiquei de saco cheio.

Indiferença.

Eu te amo.

Acho que tenho as idéias mais soltas do mundo...

[Que pretensão...]
Nada vai mudar. Pra sempre. Pra sempre.
"E no seu apartamento, ela se esquecia de tudo, parecia uma princesa... Não se importava com o resto do mundo e largava os pés em cima da mesa. E no seu apartamento, ela se esquecia de tudo, ela segurava o seu coração e largava as roupas pelo chão..."
Princesa - Ludov

domingo, 8 de julho de 2007

Nesse dia branco se branco ele for.


Se você quiser e vier pro que der e vier comigo.
"E volta a vida a ser como era antes.
O dia acorda sozinho e perde muito do seu brilho.
As ruas não têm mãos dadas,
Os assuntos não são tão interessantes,
Mesmo o Cristo sendo uma maravilha.
O dente continua doendo,
A violência continua matando,
O tempo continua passando
E nós continuamos vivendo.
Mas não tem teus olhos de bom-dia,
Não tem tuas incisivas opiniões,
Não tem teus furtivos abraços,
Falta teu beijo em todo momento.
A paciência me faz esperar por alguns dias.
O telefone diminui essa dor.
Segunda e quarta preferem esconder-se.
Que chegue o próximo fim de semana,
Pra que nossa noite de sono seja completa
E que meu sonho se enrede no teu
Assim como minha mão no teu peito."
Ana Carolina Biavati.



Um pequeno comentário sobre essa vida de saudade durante a semana. Salve a terça e a quinta. Elas preservam nossa saúde mental. E que venha logo a hora em que o domingo será eterno.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Considerações.


Eu queria ter muito o que escrever, mas me parece que quanto mais eu fico sem fazê-lo, menos eu sei por onde começar. Inversamente proporcional.

É aquilo: a rotina incessante de sempre. E a tendência é piorar. Sempre.

Na sexta passada até tentei desenvolver um assunto, mas o caminho de casa me fez deixá-lo partir. Ia falar do parto em que estive presente. [é, um parto, com mãe, bebê, enfermeiros... essas coisas]

Poderia falar também o quanto ando detestando trabalhar com a Pediatria, não que eu tenha algo contra as crianças, porque realmente não tenho, mas não pretendo acordar nos próximos 40 anos e fazer isso. A obstetrícia já é muito melhor, mas depende também do que se faz nela. Depende do tipo de trabalho [humanizado ou não], do local, de muitas coisas. Sei lá. Talvez eu não seja isso.

Bem, já deve ter percebido que não sei o que fazer no futuro próximo. A certeza que tinha antes pela emergência já foi parar no CTI, na Saúde Pública e sei lá mais aonde.
[A princípio, ainda estou sem assunto, mas é que essa questão anda me torturando um pouco ultimamente.]

Fiz as pases com a minha amiga. [E grandes dias virão novamente.]

Eu ando sem saber exatamente o que pensar para formular um texto. Antes, eu pensava e já escrevia, eu o pensamento era tão rápido que tinha que escolher o que falar. Hoje, eu não sei porque [ou sei?], é bem mais difícil montar uma boa linha de raciocínio. Tem dias que quero falar só de Enfermagem e o que ando vendo e o que me gera as atuais percepções, mas em consideração a você, querido leitor, eu prefiro me ocupar com outros temas por aqui. O problema é: que tema? Em todas as vezes, ao mesmo tempo, quero escrever sobre o amor que tenho. Por mais amor que seja, ele muda a cada dia e então parece que é sempre novo... e realmente é. Mas também não sei... eu acho que deveria escrever coisas tão sensacionais pro meu amor que acabo não escrevendo nada por achar que é sempre muito pouco. [pronto, admiti.]

Os poemas... nem se fala. Ando lendo mais que escrevendo. Ah! ótimo, lembrei de algo. Tô lendo agora "O Mundo de Sofia", terminei "O Caçador de Pipas" e vou partir para "Memórias de Minhas Putas Tristes". Quanto tempo não lia assim... Me fez muito bem. Entrei em contato novamente com as profundezas do pensamento [rs], o que perdi bastante depois que eu e minha amiga nos afastamos. E de uma forma diferente, recuperei começando o casamento. O que segue até hoje, com a graça de Deus.

Eu só tenho que pedir desculpas por estar tão ineficiente neste aspecto que sempre me agradou. Mas isso é cíclico. Daqui a pouco volta.

Reza aí por mim.

Até, caríssimo.

PS: Até que consegui limpar um pouco da poeira desse lugar... E limpei do fotolog tbm. Parece que tá tudo meio parado...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Pedido.



"Slow down, lay down
Remember it's just you and me
Don't sell out, bow out
Remember how this used to be
I just want you closer, is that alright?
Baby let's get closer, tonight

Grant my last request and just let me hold you,
don't shrug your shoulders
Lay down beside me
Sure I can accept that we're going nowhere
But one last time let's go there
Lay down beside me."
"Diminua a velocidade, deite-se
Lembre-se que somos só você e eu
Não se venda, não curve-se
Lembre-se de como isso costumava ser
Eu apenas quero você mais perto, tudo bem?
Amor, vamos ficar mais perto, hoje a noite.

Conceda meu último pedido e me deixe apenas abraçá–lo
Não encolha seus ombros, deite-se ao meu lado
Certamente, posso aceitar que não estamos indo a lugar algum
Mas uma última vez, vamos lá
Deite-se ao meu lado."
Last Request - Paolo Nutini
Saudades. Muitas saudades. E as saudades muitas vezes nos fazem sentir incompletos. Mas vai passar.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Moonlight Serenade



Faz frio e a única coisa que pode curar meu resfriado é ouvir jazz. Salve o jazz. Salve o melhor ritmo do mundo.

"So don't let me wait, come to me tenderly in the june night... I stand at your gate and I sing you a song by the moonlight. A love song, my darling, a moonlight serenade."

Moonlight Serenade - Glenn Miller, na voz de Frank Sinatra.


domingo, 13 de maio de 2007

Dois em um.

Eu não morri. Ainda faço parte desse mundo. Apenas fui tragada pelo frenesi do tempo, ou melhor, da falta de tempo. Já abandonei o MSN e sento no PC pra ver emails, orkut e visitar meu próprio blog. Mesmo assim, acompanhei os comentários e agradeço, sinceramente, a presença dos mesmos por aqui.

Ontem foi o Dia do Enfermeiro. Hoje é Dia das Mães. Resolvi escrever sobre ambos, ao mesmo tempo.

E você está se perguntando porque, creio eu.

Bem, é simples. Todo enfermeiro tem muito de mãe. E toda mãe tem muito de enfermeiro. Ainda não tenho nenhum dos dois "status" [rs]. AINDA. Pra ser enfermeira, faltam 2 anos. Pra ser mãe, talvez uns 5. Veremos.

Mas antes de tudo, meu desejo ao compor este texto é ressaltado na figura de 3 pessoas. Enfermeiras e mães. Enfermeiras não por formação, mas por vocação. Mães por terem sido escolhidas por algo divino para exercerem essa árdua "carreira". Então, à minha mãe e à minha vó, por tudo que fui e sou até aqui. Pelo duro caminho de sempre, porém, repleto de flores, sempre. Pois elas sempre tiveram a preocupação de regá-las. E à minha sogra por, independente do [por enquanto] pouco tempo, contribuir com a mulher que serei, muito em breve, além de depositar em mim seu carinho, confiança e amor [e por ter me dado o filho mais lindo do mundo...]. Aqui está minha gratidão para as pessoas que investiram, investem e continuarão investindo em mim simplesmente pelo fato de serem mães. De portarem o maior sentimento do mundo.

E aos meus colegas enfermeiros, minha mensagem de parabéns e de força, sempre. Independente do que tentem fazer com nossa categoria, devemos ser líderes o suficiente para sermos os melhores e fazermos o melhor para os nossos clientes.

PS: Farei o possível para voltar o quanto antes.

Abraços!

terça-feira, 27 de março de 2007

Bem.



Confesso que não gostei muito do que escrevi, mas é pela minha causa maior que vou colocá-lo aqui. Realmente não achei bom, mas mesmo assim, insisto comigo mesma em dizer mais uma vez te amo através de um poema.

"Quero ser tua mãe, tua irmã e tua filha.

Só tua esposa ainda não me basta.

Quero todos os patamares da tua vida,

Para estar mais perto e mais nada.


Ando em silêncio com os passos da saudade,

Talvez meu coração tenha pernas agora.

A cada pisada, eu sinto dor no peito.

Já dizia Mayakoviski que a anatomia ficou louca:

Sou toda coração. Em todas as partes palpita.

Eu tenho ganas de dividir contigo meu copo sobre a geladeira

E meu desodorante barato.

Minha escova de dente não, porque dizem por aí que não pode.

Mas você já tem o essencial: tudo. Meu tudo. Você é meu tudo.


Até o trabalho é mais divertido:

No meio das seringas e jalecos brancos, eu latejo.

Latejo por tua lembrança, por teus lábios.

Olho a aliança na minha mão e nunca uma circunferência

Foi algo tão excitante.

Como se fosse meu primeiro brinquedo.

Não páro de olhar um só minuto.

E com a ânsia dos meus 5 anos,

A beijo e faço carinho.

Rapidamente retomo o presente,

E penso que esse ato, o de beijar e fazer carinho

É o que desejo fazer contigo em todos os momentos.

Eu sou uma criança grande.

Você é meu brinquedo preferido.

E se isso é voltar à infância,

Nunca fui tão feliz sendo uma garotinha.

[Nem mesmo quando realmente fui.]"


Ana Carolina Biavati.


À MINHA MAIOR E MELHOR INSPIRAÇÃO.



PS: Quanto à mim, sobrevivendo entre faculdade, cansaço e saudade. A faculdade dá uma tregua no fds. O cansaço some um pouco enquanto durmo. Mas a saudade, enquanto ele está longe, não vai embora nunca.


Sei que essa música não combina com a imagem, mas é a nossa música... Então, serve sempre.

"E assim enquanto eu te beijo,
Que mude o destino por um minuto.
Que meu corpo encontre seu corpo
Num prazer absoluto.
E assim enquanto eu te abraço,
Me aperte em seus braços
Por um minuto.
De um jeito que só você sabe.
De um jeito que só eu sei."

Por Um Minuto - Bruno e Marrone.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Cansaço



"Hey Jude
Don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better

Hey Jude
Don't be afraid
You were made to go out and get her
The minute you let her under your skin
Then you'll begin to make it better

And anytime you feel the pain
Hey Jude refrain
Don't carry the world upon your shoulders..."


A ALGUÉM TÃO CANSADO QUANTO EU.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Jaded ou "Aprendi a esperar mas não tenho mais certeza, agora que estou bem, tão pouca coisa me interessa."


" Tenho andado silencioso, pensativo e há muitas coisas novas em minha alma. Gostaria de poder dar-lhes forma, mas minhas mãos não conseguem acompanhar minha imaginação."
Kahlil Gibran
Eu ando pelo mundo prestando atenção
em cores que eu não sei o nome,
Cores de Almodóvar,
Cores de Frida Kahlo, cores.

É. Continuo andando. Certamente que agora com algumas diferenças no percursso, mas sempre andando. Gosto daquela frase: "Caminhante, não há caminho, ele é feito ao andar." Ao mesmo tempo que concordo, sinto que há mais além disso. Quanto às cores, confesso, perdi algumas delas. [E ainda não assisti a "Volver"]

Passeio pelo escuro,
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
pra sinalizar o estar de cada coisa,
filtrar seus graus.

Eu sinto saudade da minha irmã. Da época em que ela me ouvia. Da época em que ela ria comigo, das minhas piadas. Saudade. Muita saudade.

Eu ando pelo mundo divertindo gente,
chorando ao telefone
e vendo doer a fome nos meninos que têm fome.

É. Eu gosto de ser palhaça. Gosto de ver os outros rindo. Não choro pelo telefone. Apesar de agora ele ser mais presente, ultimamente venho praticando sozinha. E sinto fome também. Não só de comida. De muitas outras coisas.

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado,
Remoto controle.

Eu gosto de janelas. Ainda mais quando estão abertas. Do quarto, da sala, do carro, do ônibus... Remoto controle mesmo.

Eu ando pelo mundo
e os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados,
de um lado eu gosto de opostos.
Exponho o meu modo, me mostro
eu canto pra quem?

Já dizia Vander Lee: "Pra quê carros e aviões se tens sonhos e pernas?" Agora, esses opostos é que andam me matando ultimamente. Exponho meu modo, meu medo, me mostro. E canto sozinha.


Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado,
Remoto controle

Quem é ela? Parafraseando U2: "I've seen you walked unafraid, I've seen you in the clothes you made, can you see the beauty inside of me? What happened to the beauty I had inside of me?" Quem sou eu agora? Sinceramente, pela primeira vez, eu perdi o controle das coisas e me perdi junto. É como se eu estivesse aprendendo tudo de novo. Muitas vezes me desconheço.

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei, não tem ninguém ao lado.

Perdi todos eles. Minha alegria e também o cansaço. Impressionante, de fato. É, o amor anda ao lado.


Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado,
Remoto controle.

Cadê o controle remoto do mundo!? Talvez assim fosse mais fácil...
Com a ajuda da Adriana Calcanhoto, taí. Esquadros. Numa versão da minha vida.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Yahweh, Yahweh, always pain before a child is born. Yahweh, tell me now: why the dark before the dawn?

"Still waiting for the dawn,
The sun is coming up
The sun is coming up on the ocean
This love is like a drop in the ocean
This love is like a drop in the ocean."
Yahweh - U2



"Um amor
Temos que compartilhá-lo
Ele te abandona, querida
Se você não cuidar dele."

"Um amor
Um sangue
Uma vida,
Faça o que você deve fazer.
Uma vida
Juntos
Irmãs, irmãos
Uma vida
Mas nós não somos iguais
Nós temos que nos ajudar uns aos outros
Nos ajudar uns aos outros
Um."

Trechos de "One", U2.

*No título, trecho de "Yahweh", U2.
Sem mais, é apenas isso. Não precisa entender dessa vez. É apenas a necessidade de vir aqui e ler isso. Desculpe...

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Eu não sou o samba e muito menos a voz de morro nenhum...


Esse tal de samba mais me irrita do que emociona. Não me causa nada, simplesmente. Não rio. Talvez eu chore por ter que conviver com ele. Pagode de fulana no domingo, feijoada de sei lá onde no sábado, parar de bar em bar atrás de uma batucada infernal. Ultimamente, meus fins de semana vêm sendo recheados de tudo isso. Eu não aguento mais. Preciso de PELO MENOS 1 MÊS de folga!!! E lá vem o carnaval e eu devo confessar que fico feliz com a frase tão pertinente dos Los Hermanos: "Todo carnaval tem seu fim e é o fim e é o fim!!!" Ai, que emoção gritar isso na Quarta-Feira de Cinzas. Onde já se viu passar quase 1 semana ouvindo isso!? Eu quero paz! Fujo de confusão, gritaria, amontoado de gente... Eu quero ficar longe. Eu adoro música, tenho prazer em ouvir, em sentir. Mas esse tal de samba não me toca por nada nesse mundo. Não sambo por puro desinteresse.
Mas Deus é tão misterioso... O homem da minha vida respira... samba! É o dia todo a mesma coisa. É o fim de semana todo. Ele tenta me comprar dizendo que vamos ouvir jazz mas eu não me corrompo fácil. Certamente que até outubro/2006, não se ouvia nenhum ruído desse tipo por perto. O U2 me satisfazia, o Frank era o homem da minha vida! E agora... E agora?! E
agora eis que meu grande amor é um sambista! Um branco de alma preta.
Confesso que nunca aprendi a respeitar tanto alguém num relacionamento como agora. Confesso que nunca cedi com tanta facilidade como agora. Como nunca mais impus minhas condições. Eu fico sem jazz, sem nada... E ele, todos os dias tem seu samba. Eu confesso que nunca amei tanto. [E salve a Portela!]
PS: Eu te amo!


"Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba, não vou a Ipanema
Não gosto de chuva nem gosto de sol
E quando eu lhe telefonei, desliguei foi engano
O seu nome não sei
Esqueci no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer, não... Lígia, Lígia
Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um chopp gelado em Copacabana
Andar pela praia até o Leblon
E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor
Que aprendi com você
Lígia, Lígia.
E quando você me envolver
Nos seus braços serenos eu vou me render
Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo que um raio de sol..."

Lígia - Tom Jobim.
[Pelo aniversário desse cara tão foda que foi Tom Jobim, pelos 4 meses [4 décadas] de relacionamento e pelos 7 anos [ou 7 vidas, nos Países Baixos e em outros lugares] que esperamos um pelo outro. De uma forma ou de outra. Tudo nessa música.]

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Que Deus te guarde...



"Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros,
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos,
E, até que de novo eu te veja,
Que Deus te guarde na palma da mão. "
Bênção Irlandesa
Abandono meus amigos pra que possam viver sozinhos, terem suas próprias experiências, pensarem com suas próprias cabeças. Deixo de lado a companhia deles pra que se sintam em sua própria companhia. Já não precisam de mim. Podem ter seus desvios de personalidade e operá-los sozinhos. Que virem as costas quando bem entenderem. Estarei em pé no mesmo lugar de quando foram embora. Não me peçam opiniões sobre o que fazer ou o que vestir. É minha vez de ficar em silêncio. Observo-os. Sem pretensões ou má intenções. Andem, apenas. Me deixem aqui com minha infinitude e vivam seus momentos únicos... sem mim. Eu apóio! Sofram em silêncio, riam com barulho. Sejam vocês mesmos. Eu apenas sinto saudade do tempo em que éramos amigos, do tempo em que podiamos ficar em silêncio sem ser isto algo constrangedor. Amor é isso. Quando o silêncio se torna um elo. Caminhem por essas ruas encantadas sem minhas poesias, sem minhas filosofias. Caminhem e descubram as suas. Sinto saudade. Apenas isso. Mas amigo talvez seja o que ando exercitando: de longe, descubro o que sinto realmente. "Amigos pra sempre", já disse a música que ouvimos juntos. "Para sempre amigos sim, se Deus quiser..." Voem sozinhos. Eu, jardim, aguardo a volta. Até breve.
Essa foi a parte mais dolorosa do ano: estarmos perto e ao mesmo tempo tão longe. Que 2007 os traga de volta.