sábado, 27 de maio de 2006

"Onde se cumprem os sonhos, juntam-se duas vontades para cumprir um desejo."



"Não te prometo o céu nem vou te dar um teto
Não vou me transformar num caracol
Não sei andar tão reto
Não perco o futebol
Mas quando quiser se esquentar
Pode me procurar sou seu lençol. "
Lenço e Lençól - Vander Lee.
As coisas não são muito certas. Mas eu admito que penso, sim, em você. Penso o dia todo e não sei como isso não me perturba. Não sei como isso não me aflige e me preocupa. Como se pensar fosse tão natural...
Não espero futuro. Meu futuro é aqui e agora. Sou eu quem o faço! Meu futuro é sempre a próxima vez em que vou te ver. Não preciso de futuro... Talvez ele só me sirva de preocupação. Eu vivo o hoje. E nada pode ser melhor que isso.
Seus 14 anos a mais não me dão medo. E esses cabelos brancos são tão sexys! De fato, ainda estou longe dessas características, mas acho tudo lindo. Você é lindo.
Às vezes é estranho acreditar que seja verdade. Como diz o Amarante: "Eu encontrei-a e quis duvidar, tanto clichê, deve não ser." É esquisito mesmo! Você já me conhece tanto e já me faz tão bem! Eu já estava acreditando que isso não existia...
Sei ficar só. Entendo muito bem de solidão... Eu comigo mesma já me basto. Mas sua presença extravasa meu nível de auto-suficiência e me mostra que além de usar meu tempo fazendo o que mais gosto num sábado à noite [como por exemplo, dormir], eu poderia usar meu tempo contigo. Essa idéia já me encanta... essa idéia passa a sexistir no meio dos meus pensamentos. Fazia um tempo que ela não surgia. Mas você, com esse costume de sair invadindo tudo e mudando tudo, faz questão de mudar até isso: seria o máximo que você estivesse sempre perto. [Considere isso como uma grande mudança: alguém como eu, que não sente falta de muita coisa, principalmente de uma companhia num sábado à noite, já pensa muito em te ter ao lado.]
E todas as outras coisas vão sumindo... porque você ocupa os espaços vazios. Você me quer! Você me procura. Você vem pra me mostrar o novo. Você é o novo. E, pra mim, isso já é mais que interessante... Você me move a desejar. Você me causa milhões de sensações que eu já estava esquecendo. Você é homem. E como todo HOMEM, sabe bem o que fazer com uma mulher. "De repente, tudo se torna tão irreal que te sinto visível."
"Quero sua vida me invadindo e me agitando. Quero sua felicidade sob meu coração e suas mágoas nos meus olhos, sua paz nos dedos de minha mão." Malcolm Lowry
"Não sei quanto o mundo é bão mas ele está melhor desde que você chegou e explicou o mundo pra mim." Nando Reis
Até, meu amigo leitor. Até.

domingo, 21 de maio de 2006

O acaso a se esconder


Ela era ela era ela no centro da tela daquela manhã
Tudo o que não era ela se desvaneceu
Cristo, montanhas, florestas, acácias, ipês
Pranchas coladas na crista das ondas,
as ondas suspensas no ar
Pássaros cristalizados no branco do céu
E eu, atolado na areia, perdia meus pés
Músicas imaginei
Mas o assombro gelou
Na minha boca as palavras que eu ia falar
Nem uma brisa soprou
Enquanto Renata Maria saía do mar
Dia após dia na praia com olhos vazados de já não a ver
Quieto como um pescador a juntar seus anzóis
Ou como algum salva-vidas no banco dos réus
Noite na praia deserta, deserta, deserta daquela mulher
Praia repleta de rastros em mil direções
Penso que todos os passos perdidos são meus
Eu já sabia, meu Deus
Tão fulgurante visão
Não se produz duas vezes no mesmo lugar
Mas que danado fui eu
Enquanto Renata Maria saía do mar
Renata Maria - Chico Buarque e Ivan Lins
Porque essa música muito me causa. Mas começo a não sentir mais nada. E à minha lágrima que sozinha cai, eu digo adeus. Digo adeus por não saber mais. E esse é o vazio que eu sinto. O vazio que eu sinto estando ao seu lado. E essa é mais uma das nossas músicas. E eu, tendo tantas coisas felizes a escrever, só consigo sentir que estou fazendo bem quando estou escrevendo de solidão.

domingo, 14 de maio de 2006

4



Vim aqui apenas porque não poderia deixar para trás um momento tão memorável na minha vida.
Bom, ontem, 13/5, fui ao meu primeiro show dos mais lindos aí da foto. Não pude acreditar, como ainda não acredito, que estive lá. Que eu os vi com meus olhos míopes! Sim... eram eles. E tudo isso é completamente inexplicável para mim. Era como se cantar fosse mesmo gritar com a alma. Como se sentir fosse sempre simples como beber um copo de água. Foi único pra mim. As músicas ficam circulando na minha cabeça, eu fico lembrando do quanto eles são sensacionais [e lindos. São sim, tá.] e do quanto eu tive uma sensação estranha de que me faltava algo. Não sei realmente o quê. Mas essa sensação ainda está me incomodando. Todas as músicas foram perfeitas mas eu sei que naquele momento, elas poderiam me dizer muito mais. Disseram de fato. Mas ainda me falta algo.
Talvez eu saiba o quê...
Bom, vou deixar então pra embelezar tudo a primeira música do CD e música de abertura do show, presente também no meu profile do orkut e principalmente, presente em todas as coisas que eu faço... Enjoy it!
Quem bater primeira dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer
Aponta pra fé e rema.
É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto os teus sinais,
Pode ser da vida acostumar
Será, morena?
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar dedicou-se mas
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?
Doce o mar, perdeu no meu cantar
Só eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar dedicou-se mas
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?
Dois Barcos - Los Hermanos
Namastê, querido amigo. Até a próxima.

sábado, 6 de maio de 2006

Me sinto tão, me sinto só e sou teu.

"E quanto a mim, te quero sim, vem dizer que você não sabe. E quanto a mim, não é o fim nem há razão pra que um dia acabe..."


"Distante eu grito em vão outro nome
Pra calar no meu peito o teu.
E esqueço que aqui dentro
Teu nome tem voz própria,
Que lateja e teima em ficar.
Mais forte que eu, assumo.
Até que eu canso de procurar, sem sucesso
Outra coisa pra colocar no teu lugar.
Contra a minha vontade, você surge.
Inunda os lugares em que estou.
Largo é o peito que dói em silêncio.
Largo é o teu sorriso.
Meu controle esquece de aparecer.
Ainda assim procuro em outra boca teu nome.
Não acho. Recuo. Não me sinto segura sem ele.
Paro e me encaro diante de tudo. Diante de nada.
E está bem ali escrito.
É na minha boca que ele mora.
(E sigo.)"
Ana Carolina Biavati
[Nasceu esta semana este poema...]
"Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma música que eu gostei e botei numa fita
Eu não vou gostar de você porque você acredita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma coisa que até nem sei se precisa ser dita
Deixa de tolice, veja que eu estou aqui agora
Inteiro, intenso, eterno, pronto pro momento e você cobra
Deixa de bobagem, é claro, certo e belo como eu quero
O corpo, a alma, a calma, o sonho, o gozo, a dor e agora pára.
Será que é tão difícil aceitar o amor como é
E deixar que ele vá e nos leve pra todo lugar
Como aqui
Será melhor deixar essa nuvem passar
E você vai saber de onde vim, aonde vou
E que eu estou aqui..."
Mais Que Isso - Ana Carolina
Até, amigo leitor. Guarde contigo essas palavras. "And when you go, go, go, go, I know it never ends, never ends." =)

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Claro mistério do ser todos os dias a renascer, eternamente a se renovar.

Ultimamente eu ando tão inconstante [ou será cansada?] diante das coisas que já enjoei até do último post. Feito ontem. Talvez porque aquilo tudo já está tão distante, tão escasso que me coça a mão vir aqui e fazer algo novo. Então, eu vim. =)
Nem sei mesmo sobre o que escrever. Sei apenas da necessidade. Estou cansada do velho. Do que está parado. Eu quero mesmo é movimento. Quero sair andando, conhecendo. Encontrando. Chega de esperar!
Preciso começar a fazer o que me agrada. Seguir o que se apresenta à minha frente. Deixar pra trás todo esse cansaço causado por medo, orgulho e egoísmo. Não meus. [suspiro]. Não meus. Creio que as coisas estão sempre nas nossas mãos. Sempre ao nosso alcance. Tudo bem, talvez nem tudo, mas a grande maioria. E quanto a isso, eu posso. Eu vou. "Partir, andar, eis que chega. É essa velha hora tão sonhada. Das noites de velas acessas, do clarear da madrugada."
Eu quero tudo novo. Ou melhor, eu quero O novo. E dessa vez, eu não preciso buscá-lo. Por que ele chegou sozinho! E está apenas esperando a minha resposta. A minha opinião. E diante disso, talvez antes muito temido, diante disso, eu preciso ir. Eu, dessa vez, não posso ficar parada. Não posso mais pensar e pensar e pensar. E dar chance. E ter paciência. Eu preciso pensar um pouco em mim. Eu preciso querer aquilo que me agrada. Que zela por mim. Toma conta de mim. E assim será.
"Aponta pra fé e rema." Até os mais lindos [pra quem ainda não sabe: Los Hermanos. Ah! Eu vou ao show. EU VOU AO SHOW!!!!] dizem isso aos 4 ventos! "É, pode ser que a maré não vire, pode ser do vento vir contra o cais e se já não sinto os teus sinais, pode ser da vida acostumar... " Sim, dessa vez a vida acostuma. Dessa vez a vida prefere seguir em frente.
"Livre serás se não te prendem, constelações. Então verás que não se vendem, ilusões."
"Vem que eu estou tão só, vamos fazer amor, vem me trazer o sol... Vem me livrar do abandono, meu coração não tem dono, vem me aquecer nesse outono, deixa entrar o sol." E pra finalizar, um trechinho de uma música que está presente nos dias... Noites com Sol, do sensacional Flávio Venturini. Ela fala por si só, fato típico das grandes canções. E nesse momento, ela traduz a minha grande vontade de dar lugar ao novo. De ir embora. De ancorar em outro cais.
"No mais, estou indo embora."
Até, amável leitor. Namastê. Dias melhores pra sempre. =)