sábado, 6 de agosto de 2005

La Carta En El Camino

Certamente que passei um certo tempo longe de casa... Perdoe-me, leitor amigo. Mas a vida anda louca [como diria o grande Vander Lee] e eis que ainda estou me adaptando aos meus novos horários. E vim aqui justamente falar disso: das coisas novas que estão acontecendo [por mais loucas que sejam] na minha vida. Talvez você não tenha entendido de imediato o título do post, mas, essa manhã, lendo um dos poemas do Neruda, me veio a idéia. E num tempo de idéias escassas, qualquer fagulha de poesia me é bem vinda. O poema é homônimo. E "A Carta No Caminho" significa para mim uma listagem das coisas que andam acontecendo e que ando pensando. Seria como uma parada na trilha para observar a paisagem ao redor. Porque muitas vezes essa falta de tempo nos faz passarmos correndo. Mas agora é diferente. E esse é o primeiro ponto.
  1. Observar o que está em volta - Infelizmente, meu tempo é curto agora. Pelo menos o pessoal, porque o profissional é sempre longo. Mas eu não posso deixar de notar o que me cerca. O que me chama atenção. Vou citar coisas materias e/ou físicas e as coisas abstratas. Uma delas é um calouro de farmácia da faculdade. Pode achar engraçado, leitor, mas é a pura realidade. O que eu posso fazer? Algumas pessoas são verdadeiramente lindas. E você sabe muito bem disso. Vai me dizer que nunca sentiu dessa maneira? Claro, não estou apaixonada e nem cabe a mim ficar [na verdade, até cabe], mas certos olhos me prendem a atenção. É a vida. [risos] Outra coisa é a faculdade. Tanto o espaço físico quanto a energia que eu sinto estando lá. É maravilhoso. As pessoas também, meus novos amigos, as oportunidades que estou tendo... Tudo está perfeitamente bem.
  2. A necessidade de ainda escrever - Ainda não sei como administrarei isso, de fato, porque passar o dia inteiro fora é minha nova rotina. Andei pensando em atualizar o Chão todos os sábados ao acordar [pq aí quem sabe, os sonhos não me dêem inspiração!?] e creio que farei isso mesmo. O que acha? Aceito sugestões.
  3. A Enfermagem como a visão olística - Não podia deixar de falar disso, amigo leitor, mas é o que mais escuto falar ultimamente [!!]: Enfermagem. Visão olística é a capacidade de analizar algo como um todo, como uma unidade [no caso da minha profissão, analizar um ser humano]. E acho que isso já entrou em mim por osmose [!!!], afinal, cada vez mais que eu ouvia falar sobre isso, eu me apaixonava cada vez mais. E digo, portanto, que eu não poderia ser qualquer outra coisa que não fosse enfermeira.
  4. A poesia do Neruda - Costumo dizer que certas coisas nunca mudam. Essa é uma delas. Outro dia eu havia chegado da faculdade, cansada, de fato, e sentei na minha cama. Meus livros do Neruda estavam me fitando. E eu não me sentia exatamente bem. [Entende esse 'exatamente bem'?] Peguei um deles, mais expecificamente o "Jardim de Inverno" e li um poema. Não me lembro qual, mas aquilo me serviu como uma noite de sono. Certas coisas nunca mudam, eu costumo dizer.
  5. O olhar - No dia do meu aniversário [sim, agora eu tenho 20 anos.], fui ao mercado com meus pais para comprar algumas coisas aqui pra casa. E me vi trocando olhares com um garoto. Como há tempos não fazia. Eu estava numa fase de conhecer as pessoas por todas as maneiras, menos da minha preferida e mais eficiente [e pq não, mais verdadeira?]: o olhar. Então, voltando aos corredores do Prezunic, lá estava ele. E lá estava eu! Claro, não vou contar os detalhes, até porque não há necessidade, pois eu só quero mesmo é que você entenda o quanto é bom dividir seu desejo com outra pessoa. E saber que a recíproca é verdadeira. Quando eu saí de lá, me senti como não fazia há tempos. E talvez, esse foi o melhor presente: a sensação de felicidade.
  6. A festa-surpresa - O item acima me fez lembrar que não falei do meu aniversário aqui. Ganhei uma festa-surpresa!!! E foi muito legal. Todos os meus amigos vieram. Me senti bem feliz. Claro, eu sempre me sinto, na verdade, mas é maravilhoso poder reunir as pessoas que gostamos... Principalmente numa data especial para nós. Obrigada, amigos.
  7. O trote é uma m*$&#!! - Idina Gavnó! [essa é a pronúncia em russo de um palavrão bem apropriado para esse momento] Que saco. Que saco. Que saco!!! Uma semana inteira pedindo dinheiro na rua!! Ainda bem que acabou.
  8. A música que não sai da minha cabeça!! - Meu Deus. Até eu estou com medo de mim. Porque toda hora, mas toda hora mesmo [e sei lá desde quando!!!], eu fico cantando uma música que nem é de uma banda que ao menos eu goste! É "Last Night" do The Strokes. Nossa senhora. O treco fica grudado no cérebro! E o pior é que só canto uma parte! Nem é ela toda. [risos] É nessas horas que eu percebo o quanto sou idiota. Pois nem sei pra quê escrever sobre isso. Humpf.

Até a próxima, amigo leitor. Até breve. Namastê.

Last night, she said 'Oh, baby, I'm feel so down' la la la la... la la la la...

Um comentário:

Anônimo disse...

Miga, somente hoje vi o comentario que vc deixou no meu ultimo post do blog. Só queria dizer pra vc não se preocupar e me perdoar se algumas vezes eu sou absurdamente fechada e estranha. Mas tenho passado momentos dificeis, não so em relação ao meu namorado, a minha casa mas comigo mesma. Tenho tido pensamentos que as vezes embaralham a minha cabeça e me fazem quase surtar.Estou procurando não misturar as coisas, ate pq eu tenho tido a sensação de que as pessoas não aguentam mais me ouvir sabe? Acho que na verdade quem não me aguenta mais sou EU! Por isso eu procuropôr os pés naquela faculdade e esquecer que tenho uma vida fora dela (apesar de que isso as vezes me é extremamente dificil). Ando vulneravel, mais sensivel do que o habitual. Acredite, não tenho problemas com vc, ao contrario te admiro muito, gostaria de ter algumas de suas convicções. Talvez na convivencia eu as adquira, apesar de que vc agora so anda com os meninos né? (sim, estou com ciumes!).Naquele dia em que "conversei" com a veterana (C.M.) eu me senti sozinha, talvez eu esperasse um apoio que não tive (alias naquele dia eu fui pra aquela faculdade em frangalhos e mesmo assim me mantive bem ate aparecer aquele bloquinho de rifa que pra mim foi a gota d'agua). Mas não foisó aquilo que estragou o meu dia é isso que quero que vc entenda. Amiga eu vou lhe confessar que talvez o meu jeito de ser não te agrade mas acredite quando eu digo que não sou somente um poço de estresse eu tenho muita estima pelos meus amigos e você ja havia me conquistado mesmo antes de te conhecer pessoalmente. O que eu tiver de melhor na minha vida, eu vou oferecer a vc. Espero que tenha "esclarecido" meu post. Mil beijos..