domingo, 28 de agosto de 2005

Por ser amor, invade e fim

Bem, precisei escrever aqui hoje. E creio eu que como é só o Rafa que lê esse blog, então, esse post é feito pra ele também. Pra situação em que ele se encontra. Junto comigo.

Hoje de manhã, li uma crônica no jornal sobre o amor. Evitei ler sobre isso por um bom tempo. Mas agora, eu não consigo mais. É uma necessidade querer viver cada minuto dessa coisa que atormenta. Desse turu turu turu. Como diz Djavan: "Por ser amor, invade e fim." De fato, é isso mesmo. Invade e ponto final. Problema é seu se sofre ou não. Se as coisas ficam coloridas, se você parece um babaca dentro da barca Rio-Niterói, olhando aquela água suja e achando tudo lindo, ou ficar no MSN esperando uma pessoa que não vai entrar. Enfim, essas coisas tão idiotas, que me mostram que são idiotas e mesmo assim, acontecem e você cai feito uma jaca madura. [Nossa, ridículo isso]

Mas, o mais engraçado disso tudo é que se tem a plena consciência do nível elevado de retardamento, e mesmo assim, você adora se sentir desse jeito! Você está tão doente que canta Sandy e Junior, Roberto Carlos [tá, eu gosto], Leandro e Leonardo [gosto tbm] e assim vai. E todas as músicas têm um ritmo perfeito, tudo faz sentido, tudo é legal, colorido e sei lá mais o quê.

Na verdade, eu e Rafa achavamos que isso era a maior babaquice de todos os tempos. E aqui estamos nós, cada vez mais na fossa da vida. Um, por não ser correspondido. Outro, por não saber o que fazer exatamente. Por que isso é a coisa mais agoniante da vida. E a melhor sensação a se sentir. Como assim?!

Sim, como assim?! Me pergunto isso o tempo todo. É tudo tão estranho e bom. Tudo é melancólico e colorido. Tudo tem uma precisão inexata. E todas as pessoas têm o rosto dele[a]. O engraçado é como nos privamos disso. E como isso é tão necessário. Como isso é a única coisa que preenche mesmo, como isso é inevitável. E por mais que se tente fugir, como eu tentei, não dá. É mais forte. É maior que você próprio e toda a sua vontade de bloquear aquilo. [e me aparece agora um súbito sorriso]

E como cita a crônica, de um trecho do livro "Memórias de minhas putas tristes", de Gabriel Garcia Márquez: "Não trocaria por nada neste mundo as delícias do meu desassossego." De fato. Aqui estou eu. Assim vou eu. Com "fome de tua boca, de tua voz, de teu pêlo, e pelas ruas vou sem nutrir-me, calada, não me sustenta o pão, a aurora me desequilibra, bsucando o som líquido dos teus pés no dia. "

Ah, um beijo grande pro Rafa. Que pelo menos as palavras possam te dar algum conforto. Sei bem como é isso. Sei bem.

3 comentários:

Anônimo disse...

é, eu tb li essa crônica... e na verdade esse post é um resumo de ontem, né? de tudo q a gente "filosofou"... é legal saber q vc não é o único babaca do mundo, q tem gente q passa e q já passou por isso tb... q isso é quase normal... mas é isso aí mesmo... sofra ou não, dane-se! hahahaha!!! vou tentar fazer do limão
uma limonada, como disse o carlos lessa, na palestra q ele deu lá na uerj. a propósito, já comprei o ingresso pro los hermanos... agora só falta dançar salsa, HAuHuahUHUHAUUHA!!!
beijões!!!

Anônimo disse...

Acho que vc está enganada quanto ao único leitor de seu blog... Acompanho sua vida por aki e acho que vc escreve muito bem!!!
Gosto dos "duetos" que faz com as letras de música ou poemas e seus pensamentos...
Tbem gosto de Neruda e acho que esse foi uma das motivações para sempre acessar esta pág e ver o que tem de novo ou o que está acontecendo com vc.
Parabéns pelos texto e sorte nessa nova fase de sua vida. Entregue-se!!!!
Até,
Lud´s

Silvana disse...

Minha primeira vez aqui...
Me invadiu a sensação de alegria ao "ler" voce!
Despretenciosamente ou não, eu estava em busca de palavras, palavras simples mas incisivas, claras...que deixassem meu peito escancarado pra visitação! rs...mas elas tem endereço certo. Agora, desvirginada, sei como parar de me debater e deixar "que essa vida entre assim, como se fosse o sol, desvirginando a madrugada..."
Obrigada, muito obrigada!
bjus
Sil