segunda-feira, 10 de outubro de 2005

All that you can't leave behind... All this you can leave behind.

Se ao menos eu fosse metade do meu sonho, seria eu feita de nuvens. Ou de chuva? Quem sabe, de raio e de sol... ou de arco-íris... Da cor da tua íris. Laranja! Na verdade, eu seria terra... Com cheiro de molhado... E nessa refrescância, eu renovaria meu ser de tudo que sou: parte eterna de um sonho. Metade de mim.

Mas se eu fosse mesmo escolher o que seria, escolheria "quem" eu seria. Seria Neruda, mestre. Sempre. Ou seria Benedetti? Sei só que de palavras eu me faria. Sou um pouco Anna Nery, um pouco Frank Sinatra... Um pouco Bono Vox. Queria mesmo ser minha mãe, minha vó e minha irmã. Pois assim, eu saberia bem o que é ser humano.

Talvez eu fosse música. E aí, seria todas. Todas. E me reinventaria a cada clave de sol... Cada acorde seria a batida do meu coração. Seria letra, rima e melodia. E chegaria na alma de quem eu quero... Dessa forma mesmo: imensurável. Simples assim.

Um cheiro, quem sabe, eu seria. Ah... De menta. De perfume. Da pele dele. De maresia... E levaria comigo teu sorriso por me sentir. Assim, bem de leve. E seria eu inesquecível. Ah, eu seria.

Um sentimento! É isso. Seria sim. Seria um "sim"... Seria amizade! Seria encantamento... Seria tudo que me permitisse ser tudo. Seria proteção... Cuidado... Até mesmo amor. E também um pouquinho de preguiça... E de cansaço.

Mas a verdade é que sou tudo e todos. Em todos os lugares. Sou quem sou, de fato. É infinita a minha finitude.

De Ser - Ana Carolina Biavati


E esta noite, um surto criativo me pegou de jeito e me permitiu fazer isso. De fato, finalmente mudei a temática das últimas semanas por aqui... pq muito me cansava já. Algumas coisas, por melhores que sejam, realmente cansam. Trago pela primeira vez aqui, minhas palavras. Essas palavras... Espero que aprecie, amigo leitor. Seria muito importante pra mim. E gostei tanto desse texto [e isso é um milagre!!!], que o coloquei no meu profile do orkut. Que precisava de uma descrição muito pessoal. E aqui está ela. Fico feliz com isso.

Acho que dessa vez é só. Não sinto vontade de dizer mais alguma coisa. Ah, sim! Uma tosse fdp me assola... E me sinto bastante cansada por isso [tbm]. Mas eu hei de ficar curada. E voltarei a dormir em paz... Se possível, essa noite.

Abraços, querido leitor, e uma grande semana! No sentido de sensacional. Até. =]

7 comentários:

Cláudia Campelo disse...

Carol, Carol. Grande escritora.
Venho sempre aqui, buscar boas palavras que se reflitam em mim. E delas bebo na fonte. Sempre.
Amei sua visita, espero ser merecedora de outras mais,
Cultivemo-nos em palavras, já que o distante impera.
Brijo grande.

Anônimo disse...

Cara, não vou dizer mais nada desse texto. Já disse tudo que podia quando conversamos e tive a honra de lê-lo. Você sabe o que eu falei e continuo com a mesma opinião. Beijocas e adoro você, ô maluca!

Anônimo disse...

q bom te ver voltar a produzir algo, finalmente, do seu gosto!!! não q os outros textos não sejam lindos, mas eu sei q não foi vc, não foi sua vontade... era como um grito, um desabafo, uma necessidade, eu sei... mas de qualquer forma era bom pra vc... fico feliz por ver q agora vc sabe q continua sendo vc mesma...
beijões!!!

Anônimo disse...

Prima...
Magnífico!
Amei o texto...
Sinceramente, ia ser fantástico escolher ser o que quiséssemos...
Amar quem escolhéssemos...
Mas, como você mesma escreveu, e com grande maestria: somos tudo e todos, e somos nós mesmos... e em grande finitude!
Amei!
Parabéns!
Grande Beijo...
Sua prima...

Anônimo disse...

Oi Ana!!!
O texto é lindo, inspiradíssimo!
Não sei porquê vc não gosta dos teus textos, escreve sempre muito bem!!!
Beijokas!!!

Cláudia Campelo disse...

Carol, fiquei ultra feliz com sua nova visita, sempre com uma bela palavra nas mãos.
Não consegui localizar você no orkut. Algum e-mail ou msn que possa passar, pra reduzirmos a quilometragem entre as palavras?
Beijo.

Anônimo disse...

Muito bom, continue !

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